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Priscila Obaci lança coleção infantil com sete livros sobre as Iyabas
Após o sucesso do livro Poesias Pós-parto, a atriz, educadora e escritora Priscila Obaci lança coleção literária infantil que conta a história dos deuses iorubás, a partir das águas. Intitulada como “Xirezinho – Coleção das Águas” traz poesias sobre Nanã, Iemanjá, Oxum, Oiá, Obá, Euá e Oxumarê. Divindades cultuadas nas religiões de matriz africanas, em especial, no candomblé ketu e nagô e que falam das águas, da criação, da geração da vida e dos ciclos. Desde que se tornou-se mãe, a autora revela que “a maternidade se tornou um grande marco na minha caminhada e desde que pari, eu tenho a inquietação de como preparar esse mundo para acolher as minhas crianças de forma mais generosa. Tudo que tenho feito caminha nessa direção e se profunda nessas águas. Xirezinho é uma das maneiras que encontrei de forma lúdica aproximar meus filhos dos Orixás”.
“Essa coleção é uma resposta a essa travessia, que traz a essência de cada Orixá, pelo seu elemento na natureza, pela sua personalidade complexa e por seus poderes mágicos. Xirezinho é um abraço as crianças de asè, para que elas sigam fortalecidas e felizes de pertencerem a algo muito maior”. Com ilustrações de Cawê Tumbi, os livros apresentam os orixás trazem camadas de força à delicadeza dos textos de Priscila.
A autora reitera que “para além desse campo mais pessoal da coleção, ela propõe que as escolas abram suas portas para a mitologia dos Orixás e reaproprie as crianças do seu próprio corpo a partir do contato com a natureza. A natureza não é algo fora, longe, ela habita cada um nós e é um direito respeitar cada pedacinho desse universo que nós somos. O caminho, a solução é todas as respostas estão no corpo. Xirezinho se propõe a mostrar que a partir dos bebês é possível trabalhar questões ético raciais, dando a oportunidade desse criança ser tocada com amor, ouvindo uma musicalidade ancestral africana e ouvindo histórias de Deusas e Deuses pretos”.
“No ano em que a lei do ensino étnico-racial, a 10.639/11644 completa vinte anos, ainda hoje as pessoas perguntam como e o que fazer. Xirezinho apresenta e é, ao lado das diferentes produçoes literária infantis que abordam a ancestralidade negra, uma das possibilidades. Os livros não falam de religião e sim da multiplicidade que o Candomblé apresenta trazendo fundamentos filosóficos, pedagógicos e científicos”.
“Não se acende o fogo sem ventar
Não há chuva que caia sem o vento se apresentar
A água se movimenta com o vento a te guiar
Não se semeia, sem o vento soprar”
Trecho do livro- OYA
“Enquanto a ignorância for escudo, nunca avançaremos na construção de uma educação de fato diverso e acolhedora para todas as crianças e pessoas”, finaliza a autora.
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